A vida é uma realidade sagrada. Deixá-la passar por nós e não vivê-la é uma perda incalculável. Triste é saber que muitos não a compreendem como sagrada, separada e cuidada.
Perder a consciência do sagrado significa não atribuir valor ao que realmente possue valor.
O sagrado vira profano e o profano vira sagrado. Esta dialética perpassa nossas reflexões. O homem não sabe o que sacralizar em sua vida, por que ele mesmo não se entende como uma realidade sagrada. Sua dignidade ainda não foi percebida.
É preciso sacralizar a vida, o tempo, os sentimentos. Não sacralizar-se significa perder-se. Aquele que não se encontra se deixa levar pela realidade temporal e não se deixa tocar pela eternidade.
Ser sagrado é ser amado e separado de tal forma que podemos não mais nos deixar manchar por aquilo que não venha a ser eternidade em nós.
Eternizar-se é querer viver sem se prender ao tempo e espaço. Categorias essas que pretendem nos aprisionar em suas realidades racionais e passageiras. Não se pode destruir a sede de eternidade pela qual clama nossa alma.
Sacralizar-se é viver o eterno no tempo, é ver o invisível, deixar-se marcar pelo eterno para não existir de forma falsificada. O eterno é em nós. Que nos eternizemos participando de sua eternidade que já habita no mais profundo de nosso ser.
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