quarta-feira, 2 de junho de 2010

Incompletude minha

Falta.
Não sou inteiro, tenho saudades, tenho desejos, tenho amor.
Amor existe na gente porque a incompletude gritou nossa dor.
Procuro o que não tenho, mas não sei o que não tenho, só sei que não tenho.
Ávido meu coração está.
Mas sua avidez é burra, pois não sabe o que procura.
Que sentido há para a incompletude?
O sentido é a falta de sentido?
Mas o homem é metafísico não pode se contentar apenas com o físico.
Completude minha onde te escondes.
Te busco pelas ruas, no bar, nas pessoas, na religião, mas o que encontro se não desencontros.
O encontro registra marcos de nossas histórias.
Histórias são apenas lembranças de um passado, que ficou marcado, no coração que foi desconcertado, pelo encontro com o amado.
Incompletude minha.
Dor minha .
Não te deixarei jamais.
Pois sem ti deixarei de caminhar, de continuar a buscar, de andar.
Andar já é encontrar incompletudes que não me deixarão parar de caminhar .

Diego Vainer

Um comentário:

Estela disse...

Muito bom. Identifiquei-me com este, por ser polêmico, extremista e abordar o tema de forma peculiar.